Por Luciano Mello Silva
A reconquista do cemitério dos antepassados foi apenas o início, o recomeço da vida. A demora na demarcação de suas terras, além do cemitériojá conquistado, prorroga a tranquilidade e a segurança desse povo.
Os Guaranis desta Tekoha, repletos de uma cultura forte e viva, carecem de atenção dos governos, da justiça e dos órgãos de reparação de patrimônio imaterial, mas mesmo assim seguem com sua cultura, planejam reparar os danos à natureza causados pelo homem branco e baseados na memória viva do Pajé Celestino apresentam como era a vida dos antepassados.
A memória do Pajé ainda permite a realização do ritual sagrado. Mas, hoje, apenas isso não basta. Com a pequena parte que restou da mata destruída pelo branco, a caça não é suficiente sequer para elaboração de seu artesanato, o remédio precisa ser replantado, a madeira não é suficiente para construir suas moradias.
A saúde precária requer que uma viatura esteja de prontidão e que um posto de saúde seja construído e a escola ainda ausente. O sonho de viver em paz em sua Tekoha transparece em cada olhar e a cada palavra. O futuro se reconstrói como uma forma de luta pelo direito à vida, cultura, terra e demarcação.
A saúde precária requer que uma viatura esteja de prontidão e que um posto de saúde seja construído e a escola ainda ausente. O sonho de viver em paz em sua Tekoha transparece em cada olhar e a cada palavra. O futuro se reconstrói como uma forma de luta pelo direito à vida, cultura, terra e demarcação.
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