Por Elaíze Farias em Deutsche Welle
Exploração ilegal em busca de ouro assola terra indígena dos yanomamis, que estimam em quase 3 mil os garimpeiros atuando na região. Suspeita é que metal abasteça sobretudo indústria de eletroeletrônicos.
A maior terra indígena do Brasil, a dos yanomamis, é também a mais visada pelos garimpeiros. Segundo estimativas da Fundação Nacional do Índio (Funai), cerca de 1.200 a 1.500 deles transitam atualmente, de forma ilegal, pelo vasto território em busca de ouro.
Na conta dos próprios índios, o número de garimpeiros na região é muito maior. Em um relatório elaborado recentemente pela Hutukara Associação Yanomami (HAY) e obtido com exclusividade pela DW Brasil, pelo menos 2.700 vasculham o solo atrás de ouro. Dário Yanomami, coordenador da entidade, estima que 80% dos garimpeiros expulsos das terras nos últimos dois anos já retornaram à atividade apenas um mês após sua retirada.
Operações de desativação de garimpo, destruição de equipamentos e prisões, que se intensificaram nos últimos dois anos, não têm sido suficientes para acabar com a extração ilegal.
"Garimpeiro é bicho mal acostumado. É igual cupim. A gente manda embora e ele volta. São viciados, doentes", disse à DW o principal chefe yanomami, Davi Kopenawa, que pede medidas mais rigorosas, que vão além de desativação de garimpo. Leia matéria em DW!
Fiona Watson_ Survival |
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