Foto de anúncio do leilão para pagar milícia particular_ Anderson Santos |
O novo jargão de latifundiários e pecuaristas do Mato Grosso do Sul - a que chamo aqui de 'Agronês' - é a usurpação do Português. Os novos 'donos do Brasil' invertem o sentido de palavras do pai dos burros, digo, cavalos. Querem ver? Invasão e resistência são duas delas.
Quando indígenas retomam suas terras sagradas - tekoha - eles usam o termo invadiram para repassar a ideia de que são as vítimas. Mentira! As terras foram roubadas dos povos originários e chegaram às mãos do latifúndio através de negociatas envolvendo o extinto SPI (órgão substituído pela Funai).
Por últimos, e depois de ameaças feitas em criar uma milícia particular, eles recorreram ao termo resistência também tentando uma localização na posição de vitimados.O 'Agronês' é mais uma violência branca cometida pelas entidades representativas de fazendeiros e criadores, a Farmasul e Acrissul, que já possuem o apoio de grande parte da mídia e querem enganar a população brasileira.
Exemplos disso são as matérias que noticiam as retomadas das terras indígenas. Ver linkhttp://www.msrecord.com.br/noticia/ver/103709/indios-invadem-mais-2-fazendas-na-regiao-de-japora-e-total-chega-a-14-fazendeiros-contabilizam-prejuizos.No Google há várias matérias, e vale ressaltar de diferentes veículos midiáticos, com a predominância dos termos invasão e ocupação. Já a resistência - defesa contra ataque - no 'pai dos cavalos' inverte quem são os verdadeiros resistentes: a população indígena.
E resistência pela existência. Mais de 250 lideranças já foram assassinadas pela conexão de fazendeiros no Mato Grosso do Sul. Sem juridiquês e de forma bem direta fica a pergunta: Quando a presidente Dilma vai implementar a política de demarcação e homologação das terras já reconhecidas como indígenas retomadas - a palavra é esta - pelos Guarani-Kaiowá e na iminência de uma guerra?
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