Quatro anos após o antropólogo Guarani-Kaiowá Tonico Benites chorar em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, sob o olhar do procurador Marco Antônio Delfino Almeida (MPF/MS), a impunidade naquele estado parece chegar ao fim com a força-tarefa Avá Guarani
Mais evidências da participação dos ruralistas foram reforçadas, ontem, com apreensão por agentes federais de sete espingardas calibres 16, 22, 28, 32 , 36 e 38, um rifle e dois revólveres calibres 38, além de uma pistola 380 em residências e propriedades dos investigados. Também foram apreendidas munições e dois carregadores de pistola. O armamento não está em nome dos fazendeiros.
É uma maneira de dar uma resposta efetiva aos milhares de indígenas vítimas de violência, que poderiam deixar de acreditar na Justiça por causa da impunidade”, avaliação do MPF/MS sobre a força-tarefa Avá Guarani.
Pedido de relaxamento negado
O juiz federal Moisés Anderson da Costa Rodrigues da Silva não acatou pedido verbal para relaxamento da prisão preventiva dos quatro fazendeiros presos inicialmente - Eduardo Yoshio Tomonaga, Jesus Camacho, Nelson Buainain Filho e Virgílio Mettifogo. Segundo matéria de Hélio de Freitas no Campo Grande News (19.08.2016), "o magistrado considerou não ser o momento oportuno para o pedido e disse que vai se manifestar com base no pedido feito por escrito, após parecer do MPF (Ministério Público Federal)."
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Armas e munições são apreendidas com fazendeiros presos por ataque a Guarani e Kaiowá em Caarapó (MS)
NOTA
Este Blog está com problemas e pede desculpas aos leitores, mas a matéria será postada. Também abre espaço a quem quiser se pronunciar - TA.
Foto Ilustração _ André Borges/Folhapress em UOL |
Por Tereza Amaral
Não é "conversa p'ra boi dormir''. Os fazendeiros Eduardo Yoshio Tomonaga, Dionei Guedin , Nelson Buainain Filho, Jesus Camacho e Virgílio Mettifogo estão sob regime de prisão preventiva por meio da força-tarefa Avá Guarani, do MPF-MS. O motivo? Investigados por envolvimento no massacre de Caarapó que tirou a vida do indígena Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, 26, ferindo mais seis Guarani-Kaiowá atingidos por disparos no tórax, abdômem e cabeça. Um continua internado. Reveja vídeo sobre o massacre aqui.
Não é "conversa p'ra boi dormir''. Os fazendeiros Eduardo Yoshio Tomonaga, Dionei Guedin , Nelson Buainain Filho, Jesus Camacho e Virgílio Mettifogo estão sob regime de prisão preventiva por meio da força-tarefa Avá Guarani, do MPF-MS. O motivo? Investigados por envolvimento no massacre de Caarapó que tirou a vida do indígena Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, 26, ferindo mais seis Guarani-Kaiowá atingidos por disparos no tórax, abdômem e cabeça. Um continua internado. Reveja vídeo sobre o massacre aqui.
O pecuarista Guedin foi o último a ser preso pela Polícia Federal, ontem, e está na penitenciária de segurança máxima de Dourados com os quatro ruralistas presos na última quinta-feira. O ataque brutal ocorreu no dia 14 de junho em retaliação a um processo de retomada na Fazenda Ivu. Nelson Buainaim Filho é o dono da propriedade que incide sobre a Terra Indígena Dourados Amambaipeguá. Ler dossiê do Cimi aqui.
arsenal apreendido _ Foto MPF/MS |
Mais evidências da participação dos ruralistas foram reforçadas, ontem, com apreensão por agentes federais de sete espingardas calibres 16, 22, 28, 32 , 36 e 38, um rifle e dois revólveres calibres 38, além de uma pistola 380 em residências e propriedades dos investigados. Também foram apreendidas munições e dois carregadores de pistola. O armamento não está em nome dos fazendeiros.
Em Nota, o MPF disse que "a perícia realizada no local do ataque à comunidade encontrou projéteis deflagrados em calibres similares às munições apreendidas”. Na busca e apreensão feita pela Polícia Federal dos mais de 300 cartuchos recolhidos 91 unidades são de calibre 22, outras 67 de calibre 380 e 54 de calibre 38. O MPF disse que "a perícia realizada no local do ataque à comunidade encontrou projéteis deflagrados em calibres similares às munições apreendidas”.
É uma maneira de dar uma resposta efetiva aos milhares de indígenas vítimas de violência, que poderiam deixar de acreditar na Justiça por causa da impunidade”, avaliação do MPF/MS sobre a força-tarefa Avá Guarani.
Instituída pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a força-tarefa Avá Guarani do Ministério Público Federal está apurando crimes contra comunidades indígenas daquele estado. Um mês depois do massacre, um outro ataque que poderia ter sido evitado deixou dois adolescentes e um adulto feridos. Ler Nota do MPF aqui.
Pedido de relaxamento negado
O juiz federal Moisés Anderson da Costa Rodrigues da Silva não acatou pedido verbal para relaxamento da prisão preventiva dos quatro fazendeiros presos inicialmente - Eduardo Yoshio Tomonaga, Jesus Camacho, Nelson Buainain Filho e Virgílio Mettifogo. Segundo matéria de Hélio de Freitas no Campo Grande News (19.08.2016), "o magistrado considerou não ser o momento oportuno para o pedido e disse que vai se manifestar com base no pedido feito por escrito, após parecer do MPF (Ministério Público Federal)."
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Armas e munições são apreendidas com fazendeiros presos por ataque a Guarani e Kaiowá em Caarapó (MS)
NOTA
Este Blog está com problemas e pede desculpas aos leitores, mas a matéria será postada. Também abre espaço a quem quiser se pronunciar - TA.
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