A cacique Damiana Cavanha, líder da comunidade Guarani-Kaiowá, corre o risco de perder mais um parente no despejo previsto para a próxima segunda-feira. Nove familiares já tombaram por atropelamentos e envenenamento por agrotóxicos.
Por Tereza Amaral
com informações do Cimi/MS
com informações do Cimi/MS
Reintegração de posse em cima de liminar de reintegração...Assim vive a Pequena Grande Dama do Apyka'i que cuida de nove famílias.Viúva, a senhora de fala apressada que ganhou a simpatia do mundo é, mais uma vez, ameaçada pelo juiz Fábio
Kaiut Nunes (1ª. Vara Federal de Dourados).
A
decisão do juiz é favorável ao proprietário da fazenda Serrana, Cássio Guilherme Bonilha
Tecchio, que
incidente sobre o tekoha. Ele arrendou sua propriedade para a Usina São Fernando, de José Carlos
Bumlai, preso pela Operação Lava Jato.
Foto _ MPF |
Em pedido anterior feito pelo mesmo juiz, o Ministério Público Federal (MPF/MS) questionou o cumprimento da ordem de reintegração de
posse da comunidade. O motivo? Três cemitérios indígenas foram identificados na área considerada "de grande valor cultural para os índios e a preservação do espaço
de maneira intocada".
Mas o juiz insiste em desconsiderar os argumentos. Fato é que a cacique já decidiu com seu povo que não retornará mais para a beira da estrada e seguirá resistindo na sua área reconhecidamente indígena, decisão esta que pode resultar em mais uma tragédia anunciada. Os despejos naqueles estado são desastrosos como o que resultou na morte do guerreiro Oziel Terena, em Buriti.
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