Por Tereza Amaral
Ainda bem que já não existem as folclóricas ocas dos livros mentirosos didáticos. Mas nas páginas amareladas pelo tempo o ranço ainda range nas porteiras de infindas terras. E o país se sacode em funk, enquanto o 'pancadão' do Agronegócio passa com seu trator em cima dos direitos indígenas. É o grotesco no Sublime!
Longe de querer subestimar os Barões da Soja - ousam se intitular por Ruralistas como eufemismo - como é o caso do multimilionário nada 'rural' e plural como o senador Blairo Magg i(PR-MT), ex-governador por duas vezes naquele estado.
O império da família é proporcional a ambição para aumentar o holding de empresas ligadas ao Agronegócio. Blairo é um exemplo dos 'pobres ruralistas' prejudicados pelos povos indígenas.
Assim que se visualizam para justificar as perversas investidas em busca de terras sagradas. O Império do senador (Ver link http://revistadinheirorural.terra.com.br/secao/agronegocios/o-imperio-da-familia-maggi) vem sendo defendido por ele na presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado.
E a pergunta nada inadequada como o seu cargo é: como é possível? Como os brasileiros se calam diante de um homem agraciado com o prêmio de 'Motosserra de Ouro' presidir uma importante comissão como a do Meio Ambiente (link http://www.senado.leg.br/atividade/comissoes/comissao.asp?com=50&origem=SF)?
A imprensa caiu em cima do polêmico e 'fora de lugar' pastor evangélico Feliciano que também é motivo de indagações, tal como: o que um racista declarado faz na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara? Aqui se localizam também os povos originários e quilombolas. E fica claro que as bancadas Ruralista e Evangélica - aliadas - se fortaleceram nas duas casas.
Não estamos mais falando de histórias folclóricas, mas da atualidade onde o nosso belo mosaico indígena está sendo alvo de sistemáticas manobras com vistas a tirar o direito conquistado com muito sangue. Ser índio, hoje, no pensar da política brasileira, em especial na união dessas bancadas, é viver a agonia do morrer lentamente - etnocídio - ou como o genocídio dos povos Guarani-Kaiowá.
E a ambição política orquestrada pelo Agronegócio não para por aí. Se depender do deputado federal ruralista Vander Loubet (PT) a Pasta do Ministério da Agricultura irá parar nas mãos do atual governador do Mato Grosso do Sul, o pemedebistal André Puccinelli. Leia link http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=253809&ed=Pol%C3%ADtica&cat=Not%C3%ADcias. A responsabilidade enquanto atores sociais em dar um basta e frear os 'Donos do Brasil' está em nossas mãos nas próximas eleições.