A Survival International descobriu que políticos de uma das cidades mais violentas do Brasil estão pressionando o governo federal a abrir o território de uma vulnerável tribo isolada.
Vereadores e o prefeito de Colniza, no Mato Grosso, a qual é dominada por exploração ilegal de madeira e fazendas e por anos foi a cidade mais violenta do país, se reuniram com o Ministro da Justiça Osmar Serraglio para pressionar para que o território indígena Rio Pardo seja reduzido drasticamente em tamanho. Acredita-se que o ministro simpatize com as propostas dos vereadores.
O plano deles é para que construtores de rodovias, madeireiros, fazendeiros e plantadores de soja avancem, apesar de o território ser lar para os últimos membros da tribo Kawahiva, um dos povos mais vulneráveis do planeta.
A tribo depende completamente da floresta para sua sobrevivência, e os indígenas vivem em fuga de madeireiros e outros invasores há anos.
O território Rio Pardo só foi reconhecido em 2016, após uma campanha global da Survival International e pressão dentro do Brasil.
Milhares de apoiadores da Survival contataram diretamente o então Ministro da Justiça exigindo medidas. O ator vencedor do Oscar e embaixador da Survival Sir Mark Rylance liderou uma grande campanha midiática, culminando na assinatura da portaria declaratória que deveria ter garantido o território aos indígenas para sempre.
Agora, no entanto, interesses particulares na região podem desfazer significativamente esse progresso.
O diretor da Survival, Stephen Corry, disse: “O Brasil deve respeitar os direitos de seus povos indígenas. As tribos isoladas, como os Kawahiva, claramente querem ser deixadas sozinhas para viverem como quiserem. Mas os líderes atuais do Brasil estão reunindo-se às escuras com políticos corruptos, e cedendo às pressões da bancada ruralista, claramente a fim de negar os indígenas isolados desse direito. Os riscos não poderiam ser mais altos: povos inteiros estão em risco de genocídio como resultado dessa abordagem cruel.”
Contexto
Os Kawahiva são caçadores-coletores, que migram de acampamento a acampamento através da floresta do Rio Pardo.
Estradas, fazendas e exploração de madeira ameaçam expô-los à violência de estranhos que roubam suas terras e recursos, e a doenças como a gripe e o sarampo, às quais não têm resistência.
Todas as tribos isoladas enfrentam uma catástrofe, a não ser que suas terras sejam protegidas. A Survival International está liderando a luta para garantir a terra a elas, e dar-lhes a chance de determinar seus próprios futuros.
O governo atual está tentando reverter décadas de progresso gradual no reconhecimento dos direitos dos povos indígenas no país. O Ministro da Justiça, Osmar Serraglio, recentemente disse: “Vamos parar com essa discussão sobre terras [indígenas]. Terra enche a barriga de alguém?” E o novo Presidente da FUNAI, Antônio Costa, disse “Não vejo como índios… possam ficar parados no tempo.”
Terra indigena é pauta globalista, indios querem civilização não serem peças de museu, mas um indios segregado da civilização rende milhares de km2 para as mineradoras estrageiras na "terra do indio" e aculpa é do ruralista! o puto lula junto com a igreja catolica da libertação mandou o exercito retirar brasileiros para dar as terras aos indios/multinacionais e a ptelhada delirou como mais um murro nos coxinhas... é o brasil do nois contra eles
ResponderExcluirQue ser humano escroto!
ExcluirIndígenas são brasileiros, meu filho. E você não sabe o que os indígenas querem. Esses dias conversei com um Munduruku e ele disse que essas etnias isoladas sabem bem que o Brasil mudou, eles conversam com os outros indígenas, que têm contato com a "civilização". Eles optaram por não entrar em contato. Isso é uma estratégia para o futuro, para a sobrevivência. Eles sabem o que aconteceu com quem entrou em contato com a civilização. Indígenas não são peças de museu. Viver em harmonia com sua história não quer dizer que não se viva o presente ou que não se tenha olhos para o futuro. Talvez a convivência com os povos indígenas do Brasil nos ajude com o futuro da nossa "civilização", que tem um ritmo autodestrutivo. Deve haver meios melhores de fiscalizar a exploração internacional sem autorizar a exploração de brasileiros nos territórios indígenas. Lembrando de que para os indígenas ser massacrado pelos ditos "brasileiros" não é melhor do que ter o território explorado por estrangeiros.
ExcluirSer contemporâneo é entender que temos que conviver com diversas culturas e pontos de vista, que temos que dosar civilização e preservação dos recursos naturais para a nossa própria sobrevivência nesse mundo. Só construir estrada e cidade é um pensamento da idade moderna, que já ficou para trás. Hoje é a pós modernidade, em que o Indígena quer escolha: pode viver na cidade ou no território indígena, pode ser pós doutor (como o Munduruku com quem eu conversei), caçador, coletor, vendedor de artesanato, designer de moda, curandeiro, advogado... O importante é que o Brasil democrático deve garantir que essas opções existam.
QUANDO DOM PEDRO DO CARALHO CHEGOU NO BRASIL ESSAS TERRAS JÁ TINHA DONO.
ResponderExcluirFODA-SE OS RURALISTA FODA-SE OS MADEDEIROS FODA-SE AS MINERADORAS FODA-SE OS PUTOS DOS POLÍTICOS GANANCIOSOS FODA-SE FODA-SE FIDA-SE .
A PRESERVAÇÃO NÃO É SÓ DE UM POVO É DE TODA AMAZÔNIA.
JÁ CAGARAM EM BOA PARTE DAS NOSSAS FLORESTAS .!! CHEGA .!😠