Os pistoleiros da Fazenda Brasília do Sul não respeitam nem o luto dos Guarani-Kaiowá e continuam atacando
Por Rodrigo Siqueira Arajeju
Momento de luto na retomada da Terra Indígena Takuara (Juti/MS) pela morte de Virgílio Cavalheiro Rio, filho da Ñandesy Carmem Cavalheiro. Sua mãe relembra que ele estava muito preocupado com a situação da possível reintegração de posse. Ele completaria 47 anos na quarta-feira, mas abreviou sua vida deixando 4 filhas.
Sem respeito ao luto, se reiniciam vários disparos na Fazenda Brasília do Sul. As colheitadeiras, caminhões e caminhonetes regressam à sede. Se escutam tiros de diferentes pontos, as lideranças estão alertas ao cerco da milícia (20h32 hora local MS). Aguardam a chegada do corpo de perícia em Dourados, prevista para meia-noite, para o início do velório tradicional. Povo Kaiowa e Guarani no luto e na luta.
Fotos _ Banner compartilhado e canto direito (Acima) e Abaixo Jornal A Nova Democraciaa por Ellan Lustosa
“Meu povo está morrendo, está sofrendo, todos os dias, ataques e massacres... mas o governo brasileiro não apresenta nenhuma solução. É porque a demarcação das nossas terras foi paralisada que a violência, o estupro e a tortura feita por capangas e pistoleiros da região aumentam. O governo defende o interesse das grandes empresas e dos grandes fazendeiros da cana, eucalipto, soja, milho e do gado. Eles lucram muito, enquanto nós estamos morrendo”
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