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Em meio a ataques, que acontecem quase sempre na madrugada, com o cerco de jagunços e pistoleiros, os indígenas que resistem na retomada da aldeia Takuara agradecem a chegada de caciques e cacicas com cerca de mais de 250 líderes indígenas da etnia nhandeva, vindos das aldeias de Yvy Katu e Marangatu.
Este apoio, que deve durar por cerca de 30 dias, reforça a segurança do povo Guarani-Kaiowa neste processo de retomada de terra, sobretudo neste próximo período que se aproxima do prazo final para a execução da reintegração de posse no local de cultivo de soja e da sede da Fazenda.
Ládio, Araldo e dona Julia Veron pedem o apoio de todos os movimentos, pois são as lideranças mais visadas pelos jagunços, que chegam com tom de ameaça em suas caminhonetes, sempre cercando o local.
Segundo informações enviadas por lideranças, na madrugada de sábado os indígenas escutaram disparos de tiros, e o medo de ataques violentos permanece.
Por isso, a CSP-Conlutas, que segue com apoio permanente à causa indígena, pede aos ativistas e movimentos que se solidarizam e lutam contra o genocído e pela demarcação das terras dos povos originários, que estejam atentos, compartilhem as notícias e façam com que as vozes dos indígenas em luta por justiça sejam ouvidas no Brasil e no mundo.
Apoio internacional
Para denunciar a constante tensão no local e a luta pela demarcação desta terra, Valdelice Veron viajou para Bruxelas e Paris e tem relatado a situação com o intuito de garantir visibilidade internacional.
A Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas, que reúne entidades sindicais e movimentos populares de diversos países do mundo, enviou mensagem de apoio aos indígenas que reivindicam a demarcação imediata da aldeia Takuara e de outras terras em processo de reconhecimento, homologação e demarcação, e expressou indignação diante do genocídio histórico dos povos originários no Brasil.
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