O Informe Nº 1072 do Cimi responsabiliza o governo Dilma. "A omissão em relação às demarcações das terras indígenas pelo atual governo federal foi apontada como uma das principais causas do aumento de diferentes formas de violências contra os povos indígenas em 2012, em relação ao ano anterior. Publicação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), aponta um crescimento de 237% na categoria "violência contra a pessoa" - que engloba ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporal e violência sexual. O número de assassinatos de indígenas aumentou para 60 vítimas, nove a mais que no ano anterior. Com 37 casos, o Mato Grosso do Sul continua sendo o estado com o maior número de ocorrências, seguido pelo Maranhão, com sete vítimas" Leia matéria na íntegra!
Jornalista Responsável _ Tereza Amaral Foto crianças da etnia Terena por Felipe Duarte
29 de junho de 2013
28 de junho de 2013
Povo Terena: Ex-deputado Ricardo Bacha quintuplicou suas terras rurais em dez anos no MS
Por Alceu Luís Castilho*
Entre 1996, dois anos antes de se candidatar ao governo do Mato Grosso do Sul, e 2006, candidato a deputado estadual, o pecuarista Ricardo Bacha teve o patrimônio ampliado de R$ 554 mil para R$ 1,75 milhão. A quantidade de terras saltou de 1.252 hectares para 6.214 hectares. Os dados constam das declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral.
Bacha é pivô da crise com os indígenas da etnia Terena, no Mato Grosso do Sul. Eles reivindicam 17 mil hectares na região. A Fazenda Buriti, do ex-deputado, leva o mesmo nome da Terra Indígena Buriti, já reconhecida pela Funai, mas não homologada pelo Ministério da Justiça. Foi lá que morreu o indígena Oziel Gabriel, em maio, baleado pela Polícia Federal durante reintegração de posse. Dias após, em outra fazenda, outro Terena foi baleado pelas costas, mas sobreviveu.
A Fazenda Buriti já aparecia na declaração entregue em 1998, quando Ricardo Bacha foi candidato ao governo pelo PSDB. Seu valor era de R$ 272 mil. Um ano depois passou
para R$ 333 mil, valor que não foi mais corrigido. Ela tem 302 hectares – onde o pecuarista, formado em engenharia, cria gado.
O blog solicitou os dados há algumas semanas ao presidente do TRE-MS, já que, ao contrário da declaração de 2006, eles não estão disponíveis na internet. Em 1998, Bacha apresentou a lista entregue ao Imposto de Renda em dois anos: 1996 e 1997. Os valores corrigidos de um ano para o outro não foram mais atualizados.
Entre 1997 e 2006 o pecuarista adquiriu terras menos valiosas que a Fazenda Buriti, porém mais extensas. Bacha tinha somente três fazendas em 1997 (com 1.252 hectares). Em 2006, quando foi candidato à Assembleia Legislativa pelo PPS, a quantidade de fazendas saltou para 13. Perfazendo o total de 6.214 hectares.
Uma dessas dez novas terras fica em Caracol (MS). É a Fazenda São Judas Tadeu, com 903 hectares, declarada por valores redondos: R$ 270 mil. Outra, a mais extensa, fica em Ribas do Rio Pardo (MS). A Fazenda Limão tem 3 mil hectares e foi declarada por R$ 300 mil.
O preço das terras é considerado o principal motivo da resistência dos fazendeiros em deixar o local. O conflito no Mato Grosso do Sul foi um dos principais assuntos de maio. Em junho, com os protestos de rua em todo o Brasil, perdeu visibilidade.
Note-se que a correção do preço da fazenda Buriti, em 1997, para R$ 333 mil, ocorreu já durante a vigência do real. E que a fazenda em Ribas do Rio Pardo, dez vezes maior que ela, foi declarada por menos que isso.
* o autor deste blog (Outro Brasil) é também o autor do livro Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro (Editora Contexto, 2012)
Entre 1996, dois anos antes de se candidatar ao governo do Mato Grosso do Sul, e 2006, candidato a deputado estadual, o pecuarista Ricardo Bacha teve o patrimônio ampliado de R$ 554 mil para R$ 1,75 milhão. A quantidade de terras saltou de 1.252 hectares para 6.214 hectares. Os dados constam das declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral.
Bacha é pivô da crise com os indígenas da etnia Terena, no Mato Grosso do Sul. Eles reivindicam 17 mil hectares na região. A Fazenda Buriti, do ex-deputado, leva o mesmo nome da Terra Indígena Buriti, já reconhecida pela Funai, mas não homologada pelo Ministério da Justiça. Foi lá que morreu o indígena Oziel Gabriel, em maio, baleado pela Polícia Federal durante reintegração de posse. Dias após, em outra fazenda, outro Terena foi baleado pelas costas, mas sobreviveu.
A Fazenda Buriti já aparecia na declaração entregue em 1998, quando Ricardo Bacha foi candidato ao governo pelo PSDB. Seu valor era de R$ 272 mil. Um ano depois passou
irmão de Oziel Gabriel chora sua morte/ Marcos Ermínio |
O blog solicitou os dados há algumas semanas ao presidente do TRE-MS, já que, ao contrário da declaração de 2006, eles não estão disponíveis na internet. Em 1998, Bacha apresentou a lista entregue ao Imposto de Renda em dois anos: 1996 e 1997. Os valores corrigidos de um ano para o outro não foram mais atualizados.
Entre 1997 e 2006 o pecuarista adquiriu terras menos valiosas que a Fazenda Buriti, porém mais extensas. Bacha tinha somente três fazendas em 1997 (com 1.252 hectares). Em 2006, quando foi candidato à Assembleia Legislativa pelo PPS, a quantidade de fazendas saltou para 13. Perfazendo o total de 6.214 hectares.
Uma dessas dez novas terras fica em Caracol (MS). É a Fazenda São Judas Tadeu, com 903 hectares, declarada por valores redondos: R$ 270 mil. Outra, a mais extensa, fica em Ribas do Rio Pardo (MS). A Fazenda Limão tem 3 mil hectares e foi declarada por R$ 300 mil.
O preço das terras é considerado o principal motivo da resistência dos fazendeiros em deixar o local. O conflito no Mato Grosso do Sul foi um dos principais assuntos de maio. Em junho, com os protestos de rua em todo o Brasil, perdeu visibilidade.
Note-se que a correção do preço da fazenda Buriti, em 1997, para R$ 333 mil, ocorreu já durante a vigência do real. E que a fazenda em Ribas do Rio Pardo, dez vezes maior que ela, foi declarada por menos que isso.
* o autor deste blog (Outro Brasil) é também o autor do livro Partido da Terra – como os políticos conquistam o território brasileiro (Editora Contexto, 2012)
27 de junho de 2013
Violências contra os povos indígenas aumentaram em 2012
Veja Relatório do Cimi! http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6998&action=rea |
Oziel Terena foi o último indígena assassinado |
Suicídio: Genocídio silencioso
Relatório do Cimi revela que número de suicídios é maior entre os guaranis-kaiowás
Dados divulgados hoje (27) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostram que, de um total de 23 suicídios de índios em 2012 no país, nove ocorreram entre integrantes da etnia Guarani-Kaiowá. Segundo a entidade, a prática do “suicídio está causando um genocídio silencioso” em Mato Grosso do Sul.
Os números fazem parte do Relatório de Violência contra os Povos Indígenas. Segundo o estudo, os índices divulgados pelo Ministério da Saúde são “ainda mais dramáticos”, já que apontam 56 suicídios entre os Guarani-Kaiowá no mesmo período.Leia matéria da Agência Brasil!
Dados divulgados hoje (27) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostram que, de um total de 23 suicídios de índios em 2012 no país, nove ocorreram entre integrantes da etnia Guarani-Kaiowá. Segundo a entidade, a prática do “suicídio está causando um genocídio silencioso” em Mato Grosso do Sul.
Os números fazem parte do Relatório de Violência contra os Povos Indígenas. Segundo o estudo, os índices divulgados pelo Ministério da Saúde são “ainda mais dramáticos”, já que apontam 56 suicídios entre os Guarani-Kaiowá no mesmo período.Leia matéria da Agência Brasil!
26 de junho de 2013
Indígenas Terena afirmam que não sairão de fazenda, mesmo com reintegração de posse
Vence amanhã o prazo para saída de 800 indígenas Terena de fazenda no município de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Leia sobre!http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6996&action=read
Foto _ Arquivo Região News |
Cimi lança amanhã Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas
Dados como o aumento de assassinatos de indígenas, o colapso da saúde, os crescentes casos de suicídios, que a cada ano bate recordes, e a baixa execução orçamentária do governo Dilma Rousseff na demarcação de terras serão revelados ao conjunto da sociedade brasileira.Leia sobre!http://www.cimi.org.br/site/pt-br/index.php?system=news&conteudo_id=6994&action=read
25 de junho de 2013
Nota da Aty Guasu
Esta nota da Aty Guasu vem repudiar e denunciar a propaganda pública de GENOCÍDIO, ÓDIOS, VIOLÊNCIAS CONTRAS INDÍGENAS, patrocinada pela FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO MATO GROSSO DO SUL (FAMASUL). Frente ao fato de incitação pública de violências contra indígenas, vimos denunciar o ato de racismo, de estigmatização, sobretudo de discriminação pública as vidas dos indígenas pela organização dos fazendeiros do Mato Grosso do Sul (FAMASUL).
Observamos que, nos últimos dois meses de 2013, na entrada e nos centros urbanos de todas as cidades do Estado de Mato Grosso do Sul foi exposto pela FAMASUL um grande pôster e cartaz em que consta IMAGEM DO ÍNDIO E O SLOGAN CONFUSO – “ONDE TEM JUSTIÇA, TEM ESPAÇOS PARA TODOS”. Além disso, no pôster e no cartaz a imagem foi posta, por um lado, índio como sendo seres não humanos, enquanto a imagem do “branco” como sendo seres humanos incitando publicamente mais ódio, racismo, genocídio e violências contra as vidas dos indígenas brasileiros.
FAMASUL patrocina a divulgação na mídia, por isso, esse pôster e cartaz da FAMASUL estão sendo divulgados na TV, jornais, na entrada das cidades e nas ruas. Esse pôster e cartaz racistas e assassinos estão aumentando as violências contra as vidas dos indígenas, colocando em genocídio e em risco total o futuro das vidas dos indígenas do Mato Grosso do Sul, por essa razão, Aty Guasu Guarani solicita ao governo e justiça do Brasil para responsabilizar a FAMASUL pelo seu ato truculento e, sobretudo mandar retirar o pôster e slogan assassinos da FAMASUL das ruas de todas as cidades do Mato Grosso do Sul.
No Mato Grosso do Sul, com frequência, na mídia e na reunião dos fazendeiros/políticos, nós indígenas fomos taxados sempre de seres bárbaros, não seres humanos e improdutivos, mas como é que nós indígenas sem mais espaços de terras iremos produzir, sem apoio do governo, como seremos indígenas produtores? Enquanto que uma pequena parcela de fazendeiros se apropriou de imenso de terras indígenas e recebe apoio financeiro do governo, por isso eles apresentam como “grandes produtores rurais”. Temos absoluta certeza que sem espaço de terra e sem apoio do governo os fazendeiros também não seriam “produtores rurais”. Por essa razão, o nosso o slogan Guarani-kaiowá divulgado é:
ONDE TEM JUSTIÇA, TEM DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM GENOCÍDIO.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM VIOLÊNCIAS CONTRA INDÍGENAS.
ONDE TEM JUSTIÇA, NÃO TEM IMPUNIDADE.
ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 25 de junho de 2013.
Lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá contra genocídio.
Manifestação Guarani-Kaiowá
A partir de hoje lideranças Guarani- Kaiowá estarão reunidas até do dia 28 deste mês. Em pauta, uma manifestação de 20 mil índios da etnia de 30 terras em processo de demarcação. Em Nota da Aty Guasu a manifestação pacífica será "pela conclusão de demarcação de terras indígenas tradicionais, pela justiça de verdade, contra genocídio e pela punição aos fazendeiros assassinos que são impunes no estado de Mato Grosso do Sul".
*Onde tem justiça não tem genocídio indígena
*Onde tem justiça tem demarcaçã o de terras indígenas
*Onde tem justiça não tem violências contra indígenas
*Onde tem justiça não tem violências contra indígenas
Aty Guasu Guarani-Kaiowá
Foto _ Aty Guasu |
Munduruku protesta contra parlamentares que defendem construção de hidrelétricas
24 de junho de 2013
Sob pressão, governo suspende estudos de barragens no rio Tapajós
Leia matéria de Ruy Sposati!
Foto _ ABr |
23 de junho de 2013
Saweh!
URGENTE!!!!!
*** Comunicado ***
Comunicamos às autoridades do governo federal que estamos liberando os três pesquisadores. Os materiais da pesquisa apreendidos - que subsidiarão o Estudo de Impacto Ambiental referente ao projeto do governo para construção de barragens no nosso rio Tapajós e seus afluentes não serão devolvidos.
Queremos reforçar que os estudos que estão sendo realizados não foram informados para nós Munduruku e comunidade em geral. Por isso, consideramos ilegal e inconstitucional por parte do governo.
Exigimos a anulação imediata desses estudos.
Nós Munduruku decidimos liberar os pesquisadores para que o governo reveja sua intransigência de implantar projetos grandiosos em nosso território, que só causam destruição e morte.
Será que o governo está querendo conflito, colocando em risco a vida dos pesquisadores e seus funcionários? Será que o governo vai se responsabilizar por isso?
Tudo o que queremos é que nosso Direito seja respeitado. Se o governo não respeitar, nós continuaremos defendendo com a nossa própria vida.
Nós somos Munduruku Ipereg’auy. Respeitem nossos direitos!
Jacareacanga, Pará, 23 de junho de 2013
*** Comunicado ***
Comunicamos às autoridades do governo federal que estamos liberando os três pesquisadores. Os materiais da pesquisa apreendidos - que subsidiarão o Estudo de Impacto Ambiental referente ao projeto do governo para construção de barragens no nosso rio Tapajós e seus afluentes não serão devolvidos.
Queremos reforçar que os estudos que estão sendo realizados não foram informados para nós Munduruku e comunidade em geral. Por isso, consideramos ilegal e inconstitucional por parte do governo.
Exigimos a anulação imediata desses estudos.
Nós Munduruku decidimos liberar os pesquisadores para que o governo reveja sua intransigência de implantar projetos grandiosos em nosso território, que só causam destruição e morte.
Será que o governo está querendo conflito, colocando em risco a vida dos pesquisadores e seus funcionários? Será que o governo vai se responsabilizar por isso?
Tudo o que queremos é que nosso Direito seja respeitado. Se o governo não respeitar, nós continuaremos defendendo com a nossa própria vida.
Nós somos Munduruku Ipereg’auy. Respeitem nossos direitos!
Jacareacanga, Pará, 23 de junho de 2013
Falta de aviso não foi! Guerreiros Munduruku prendem biólogos
Leia sobre! *http://tapajosemfoco.blogspot.com.br/2013/06/guerreiros-munduruku-prendem-biologos.html?spref=fb
* Não está claro se estes integram o grupo já liberado, conforme Declaração que postamos ontem
Inimaginável: Fazendeira vira antropóloga e faz laudos contra índios enquanto filha dirige ONG
Roseli Ruiz tem diploma de antropóloga e faz perícias em terras em litígio. Sua filha, Luana, dirige a ONG Recovê -"conviver", em guarani. Mas ambas estão entre os mais ferrenhos defensores dos proprietários rurais de Mato Grosso do Sul na disputa de terras com indígenas.Leia na Folha de São Paulo!
Foto - Folha de São Paulo |
22 de junho de 2013
Socióloga indígena ameaçada de morte em protesto no MS
NOTA DA ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ É PARA GOVERNO, JUSTIÇA FEDERAL SOCIEDADES NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Através desta nota conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá vem denunciar às autoridades federais (Polícia Federal, Ministério Público Federal, Secretaria do Direito Humano, entre outros), ameaça de morte coletiva, prática de racismo e discriminação; sobretudo as violências promovidas publicamente pelo grupo dos fazendeiros contra os integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá e contra o bloco dos manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Esse fato mencionado ocorreu no centro de Dourados-MS, durante as manifestações pacíficas indígenas e não indígenas, no dia 20 de junho de 2013.
Frente ao fato ocorrido publicamente, pedimos à PF e MPF uma investigação rigorosa dos mentores e autores dessas ameaça de morte coletiva e violências contra as vidas dos manifestantes pacíficos pela DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS.
Uma da integrante do conselho da Aty Guasu ameaçada de morte publicamente pelo grupo dos fazendeiros (no dia 20 de junho de 2013) É A SOCIÓLOGA GUARANI-KAIOWÁ VALDELICE VERON. ELA É FILHA DO MARCO VERON ASSASSINADO PELOS FAZENDEIROS NO DIA 13 DE JANEIRO DE 2003, NO TEKOHA TAKUARA-JUTI-MS. SOLICITAMOS A PROTEÇÃO URGENTE À PROFESSORA VALDELICE VERON E SUA FAMÍLIA QUE ELA SOFREU DIRETAMENTE A AMEAÇA DE MORTE PELO GRUPO DE FAZENDEIROS. VALDELICE QUASE FOI ASSASSINADA PUBLICAMENTE, OS MANIFESTANTES NÃO INDÍGENAS PROTEGERAM A PROFESSORA VALDELICE QUE É A INTEGRANTE DO CONSELHO DA ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ.
ESSE GRUPO DE FAZENDEIROS É CONHECIDO PELOS INDÍGENAS E CIDADÃOS SUL-MATROGROSSOSENSE DEVERIA SER INVESTIGADA PELA POLÍCIA FEDERAL.
De fato, no dia 20 de junho de 2013, a prática de racismo, discriminação, ameaça de morte e violências foram praticadas publicamente pelos fazendeiros contra um bloco de manifestantes pacíficos em prol de DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Diante disso, mais uma vez, vimos destacar que nós líderes integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá, com frequência, sofremos ameaça de morte por parte dos fazendeiros. Importa destacar que várias lideranças da Aty Guasu Guarani-Kaiowá já foram assassinadas pelos fazendeiros truculentos e atrozes. Esses fazendeiros assassinos praticantes de genocídio não são investigados e nem julgados pela justiça brasileira, nunca foram punidos por isso, esse grupo de fazendeiros conhecidos, de forma tranquila, já assassinaram dezenas de lideranças e continuam praticando ameaça de morte, sobretudo o incitando o genocídio indígena. Parece que esses fazendeiros sabem que não serão responsabilizados e punidos pelas autoridades do Brasil. Mas mesmo assim, pedimos às autoridades federais investigativas a apuração dos crimes praticados pelos fazendeiros contra do bloco manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS, JUSTIÇA.
Nós lideranças da Aty Guasu continuamos em manifestações étnicas e pacíficas permanentes, exigindo aos governantes do país as efetivações de nossos direitos constitucionais.
Ressaltamos que as nossas manifestações étnicas e pacíficas em curso no Estado de Mato Grosso do Sul historicamente foram e são reprimidas e atacadas tanto pelas violências dos fazendeiros quanto pelas violências autorizadas pelo governo e justiça do Brasil.
Nós indígenas Guarani-Kaiowá nas condições de primeiros brasileiros, solicitamos reiteradamente aos governantes brasileiros (municipais, estaduais, federais) que ouçam e atendam as reivindicações dos manifestantes pacíficos brasileiros. Ao mesmo tempo, mais uma vez, nós Guarani-Kaiowá em manifestação étnica, retornamos a demandar as efetivações de nossos direitos à posse de nossas terras tradicionais, efetivações de nossos direitos à saúde e educação indígenas, que não são atendidas até hoje pelo governo e justiça do Brasil.
O governo e justiça do Brasil, em vez de efetivar os direitos indígenas, em vez atender as reivindicações antigas dos indígenas, a justiça brasileira apoia ação criminosa dos fazendeiros, aumentando e autorizando violência contra os indígenas.
Assim, comunicamos a todos (as) que de fato, mais uma ameaça de morte e violências públicas dos fazendeiros contra indígenas Guarani-Kaiowá foram assistidos pelos manifestantes em cidade de Dourados-MS, no dia 20 de junho de 2013.
MAIS UMA VEZ, SOLICITAMOS A PF E MPF A INVESTIGAÇÃO DOS FAZENDEIROS ENVOLVIDOS NA AMEAÇA DE MORTE COLETIVA AO BLOCO DE MANIFESTANTE PACÍFICO MENCIONADO.
Aguardamos a posição das autoridades federais Repudiamos reiteradamente as violências contra as vidas humanas.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani-Kaiowá, 21 de junho de 2013
Conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá contra genocídio do povo indígena.
Através desta nota conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá vem denunciar às autoridades federais (Polícia Federal, Ministério Público Federal, Secretaria do Direito Humano, entre outros), ameaça de morte coletiva, prática de racismo e discriminação; sobretudo as violências promovidas publicamente pelo grupo dos fazendeiros contra os integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá e contra o bloco dos manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Esse fato mencionado ocorreu no centro de Dourados-MS, durante as manifestações pacíficas indígenas e não indígenas, no dia 20 de junho de 2013.
Frente ao fato ocorrido publicamente, pedimos à PF e MPF uma investigação rigorosa dos mentores e autores dessas ameaça de morte coletiva e violências contra as vidas dos manifestantes pacíficos pela DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS.
Uma da integrante do conselho da Aty Guasu ameaçada de morte publicamente pelo grupo dos fazendeiros (no dia 20 de junho de 2013) É A SOCIÓLOGA GUARANI-KAIOWÁ VALDELICE VERON. ELA É FILHA DO MARCO VERON ASSASSINADO PELOS FAZENDEIROS NO DIA 13 DE JANEIRO DE 2003, NO TEKOHA TAKUARA-JUTI-MS. SOLICITAMOS A PROTEÇÃO URGENTE À PROFESSORA VALDELICE VERON E SUA FAMÍLIA QUE ELA SOFREU DIRETAMENTE A AMEAÇA DE MORTE PELO GRUPO DE FAZENDEIROS. VALDELICE QUASE FOI ASSASSINADA PUBLICAMENTE, OS MANIFESTANTES NÃO INDÍGENAS PROTEGERAM A PROFESSORA VALDELICE QUE É A INTEGRANTE DO CONSELHO DA ATY GUASU GUARANI-KAIOWÁ.
ESSE GRUPO DE FAZENDEIROS É CONHECIDO PELOS INDÍGENAS E CIDADÃOS SUL-MATROGROSSOSENSE DEVERIA SER INVESTIGADA PELA POLÍCIA FEDERAL.
De fato, no dia 20 de junho de 2013, a prática de racismo, discriminação, ameaça de morte e violências foram praticadas publicamente pelos fazendeiros contra um bloco de manifestantes pacíficos em prol de DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS E JUSTIÇA.
Diante disso, mais uma vez, vimos destacar que nós líderes integrantes do conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá, com frequência, sofremos ameaça de morte por parte dos fazendeiros. Importa destacar que várias lideranças da Aty Guasu Guarani-Kaiowá já foram assassinadas pelos fazendeiros truculentos e atrozes. Esses fazendeiros assassinos praticantes de genocídio não são investigados e nem julgados pela justiça brasileira, nunca foram punidos por isso, esse grupo de fazendeiros conhecidos, de forma tranquila, já assassinaram dezenas de lideranças e continuam praticando ameaça de morte, sobretudo o incitando o genocídio indígena. Parece que esses fazendeiros sabem que não serão responsabilizados e punidos pelas autoridades do Brasil. Mas mesmo assim, pedimos às autoridades federais investigativas a apuração dos crimes praticados pelos fazendeiros contra do bloco manifestantes pacíficos em prol da DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS, JUSTIÇA.
Nós lideranças da Aty Guasu continuamos em manifestações étnicas e pacíficas permanentes, exigindo aos governantes do país as efetivações de nossos direitos constitucionais.
Ressaltamos que as nossas manifestações étnicas e pacíficas em curso no Estado de Mato Grosso do Sul historicamente foram e são reprimidas e atacadas tanto pelas violências dos fazendeiros quanto pelas violências autorizadas pelo governo e justiça do Brasil.
Nós indígenas Guarani-Kaiowá nas condições de primeiros brasileiros, solicitamos reiteradamente aos governantes brasileiros (municipais, estaduais, federais) que ouçam e atendam as reivindicações dos manifestantes pacíficos brasileiros. Ao mesmo tempo, mais uma vez, nós Guarani-Kaiowá em manifestação étnica, retornamos a demandar as efetivações de nossos direitos à posse de nossas terras tradicionais, efetivações de nossos direitos à saúde e educação indígenas, que não são atendidas até hoje pelo governo e justiça do Brasil.
O governo e justiça do Brasil, em vez de efetivar os direitos indígenas, em vez atender as reivindicações antigas dos indígenas, a justiça brasileira apoia ação criminosa dos fazendeiros, aumentando e autorizando violência contra os indígenas.
Assim, comunicamos a todos (as) que de fato, mais uma ameaça de morte e violências públicas dos fazendeiros contra indígenas Guarani-Kaiowá foram assistidos pelos manifestantes em cidade de Dourados-MS, no dia 20 de junho de 2013.
MAIS UMA VEZ, SOLICITAMOS A PF E MPF A INVESTIGAÇÃO DOS FAZENDEIROS ENVOLVIDOS NA AMEAÇA DE MORTE COLETIVA AO BLOCO DE MANIFESTANTE PACÍFICO MENCIONADO.
Aguardamos a posição das autoridades federais Repudiamos reiteradamente as violências contra as vidas humanas.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani-Kaiowá, 21 de junho de 2013
Conselho da Aty Guasu Guarani-Kaiowá contra genocídio do povo indígena.
Indígenas nas Ruas
Saweh! O indígena Karo Munduruku no protesto pedindo a não construção do Complexo Tapajós, no Pará.Trata-se de um modelo sem ecoeficiência ainda mais devastador do que Belo Monte.Ver matéria do IHU!
http://www.ihu.unisinos.br/cepat/cepat-conjuntura/512253-conjuntura-da-semana-complexo-tapajos-mais-um-tributo-a-voracidade-do-modelo-desenvolvimentista-
http://www.ihu.unisinos.br/cepat/cepat-conjuntura/512253-conjuntura-da-semana-complexo-tapajos-mais-um-tributo-a-voracidade-do-modelo-desenvolvimentista-
Foto _ Karo Munduruku |
21 de junho de 2013
Relatório Figueiredo explicita que o passado de massacre aos indígenas se repete hoje
Leia matéria do Cimi! http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6988&action=read
Ilustração _ Waldez Duarte
Ilustração _ Waldez Duarte
I Encontro dos Povos Indígenas na Fronteira vai debater a Convenção 169 da OIT
Leia matéria do Cimi!http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6987&action=read
Foto _ Foto Indígenas da TI Raposa Serra do Sol _ Survival
Foto _ Foto Indígenas da TI Raposa Serra do Sol _ Survival
Davi Kopenawa fala sobre as manifestações no Brasil
Assista ao vídeo!
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bOu6EN3BryE#at=12
Foto _ Survival
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bOu6EN3BryE#at=12
Foto _ Survival
20 de junho de 2013
A CORDA
Por Tereza Amaral
Hoje, aqui na capital pernambucana, o povo vai à rua. É o Acorda que, insisto, tem esquecido dos povos originários e tradicionais. Não recordo de ter visto nas televisões imagens referentes aos indígenas e quilombolas. Nem em outros veículos midiáticos.
É a corda da segregação? Já não bastam os laços mais do que promíscuos entre governo e produtores? Onde estão os militantes do movimento indígena? Eu vou! E vou moleca como sou...ousada como sou e indignada como estou.
A revolta popular é de brasileiros, cobrando por 20 centavos e adicionais de INJUSTIÇA, CORRUPÇÃO, COPA? É somente isso? E Belo Monte 'emuralhada' - Dilma esquece de todo nosso patrimônio, mas do canteiro da usina Não! E quanto ao genocídio? É necessário que entremos nessa 'corda'.
Hoje, daqui a pouco, também acaba a punição que sofri por uma postagem que fica longe - como o movimento vem acontecendo pelos direitos indígenas - de fotos postadas sistematicamente por outras páginas, mais especificamente em termos de nudez. E não estou criticando as fanpages, até porque índios se 'vestem' assim, ainda andam assim e não com fardas e coturnos. Mas ao fato e a quem tanto incomodo.
E querem saber mais? Esta VERDADE está engasgada na minha garganta depois de assistir, durante três longos dias de bloqueio, a 'ativistas' e 'cientistas políticos' bradando o grito do GIGANTE e adormecidos no que concerne aos direitos indígenas...
SAWEH! Ainda é tempo de acordar e acender a luminária da compaixão!
Hoje, aqui na capital pernambucana, o povo vai à rua. É o Acorda que, insisto, tem esquecido dos povos originários e tradicionais. Não recordo de ter visto nas televisões imagens referentes aos indígenas e quilombolas. Nem em outros veículos midiáticos.
É a corda da segregação? Já não bastam os laços mais do que promíscuos entre governo e produtores? Onde estão os militantes do movimento indígena? Eu vou! E vou moleca como sou...ousada como sou e indignada como estou.
A revolta popular é de brasileiros, cobrando por 20 centavos e adicionais de INJUSTIÇA, CORRUPÇÃO, COPA? É somente isso? E Belo Monte 'emuralhada' - Dilma esquece de todo nosso patrimônio, mas do canteiro da usina Não! E quanto ao genocídio? É necessário que entremos nessa 'corda'.
Hoje, daqui a pouco, também acaba a punição que sofri por uma postagem que fica longe - como o movimento vem acontecendo pelos direitos indígenas - de fotos postadas sistematicamente por outras páginas, mais especificamente em termos de nudez. E não estou criticando as fanpages, até porque índios se 'vestem' assim, ainda andam assim e não com fardas e coturnos. Mas ao fato e a quem tanto incomodo.
E querem saber mais? Esta VERDADE está engasgada na minha garganta depois de assistir, durante três longos dias de bloqueio, a 'ativistas' e 'cientistas políticos' bradando o grito do GIGANTE e adormecidos no que concerne aos direitos indígenas...
SAWEH! Ainda é tempo de acordar e acender a luminária da compaixão!
19 de junho de 2013
Revolta popular e O Muro do Brasil
Leia matéria "Em Belo Monte um muro de pedras foi construído para evitar ocupações" do ISA!
Fotos _ ISA e ABr |
18 de junho de 2013
O QUE PASSA NESSE PASSE?
Por Tereza Amaral
O medo da presidente Dilma Roussef é de caras já não pintadas e sem uma causa, pelo menos na 'proporção tarifária' como o genocídio indígena.
Em matéria do Último Segundo (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-06-17/e-proprio-dos-jovens-se-manifestarem-diz-dilma-sobre-protestos-no-pais.html), Dilma recua: “As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem”, afirmou, segundo a assessoria da Presidência.
Nem tratoraço com suas ameaças nem um protesto PACÍFICO e de DIREITO por vidas...
Em matéria do Último Segundo (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-06-17/e-proprio-dos-jovens-se-manifestarem-diz-dilma-sobre-protestos-no-pais.html), Dilma recua: “As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem”, afirmou, segundo a assessoria da Presidência.
Ela tem motivos para isso, uma vez que foram "os jovens" que tiveram participação decisiva no impedimento de Collor. Só que ali já havia uma corrupção estatizada debaixo dos tapetes do Planalto em conluio com o Congresso Nacional. Depois o PT a vitrinizou!
E quanto aos povos originários? Por que será que Dilma não se pronunciou quando os Munduruku estiveram em Brasília? O passe livre vale mais do que vidas executadas por tiros, omissão e suicídios? Jovens Guarani se matam num protesto incomparável a uma tarifa de ônibus.
Quantos estudantes com camisetas brancas e rosas na mão foram apoiar o movimento indígena em Brasília? E mais: com discursos desencontrados nas capitais...Copa, tarifa, corrupção.
Nada pacíficos dos dois lados. Enquanto isso, a imprensa não noticia o que seria verdadeiro motivo de impedimento da presidente - genocídio - e os indígenas cada vez mais debaixo dos pneus dos tratores. Há décadas não assistíamos a tanto desrespeito para com nossos Institutos. E todos correm pra negociar! E o agronegócio corre, paralelamente, para avançar e matar! Quem são os verdadeiros 'estudantes'? Quem está lucrando com esse passe?
Tem mais: A copa é realidade e, nunca imaginei, mas tenho que defender na condição de cidadã brasileira o respeito pelos torcedores do mundo inteiro que virão ao Brasil e, vale ressaltar, nada têm a ver com crise ideológica, ética, política. Eles não pediram para que nosso país a sediasse. Que vergonha!
17 de junho de 2013
“O governo federal tem olhado para os povos indígenas com as lentes do agronegócio"
A afirmativa é do historiador Jorge Eremites de Oliveira. Leia entrevista do Instituto Humanitas Unisinos!
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/politica-indigenista-e-exatamente-de-uma-farsa-que-estou-falando-entrevista-especial-com-jorge-eremites-de-oliveira/521037-politica-indigenista-e-exatamente-de-uma-farsa-que-estou-falando-entrevista-especial-com-jorge-eremites-de-oliveira
Foto _ site
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/politica-indigenista-e-exatamente-de-uma-farsa-que-estou-falando-entrevista-especial-com-jorge-eremites-de-oliveira/521037-politica-indigenista-e-exatamente-de-uma-farsa-que-estou-falando-entrevista-especial-com-jorge-eremites-de-oliveira
Mato Grosso do Sul: assassinatos, prisões e impunidade
Foto _ Cimi |
"A polícia se apressa em ir ao local para esclarecer (ou não) mais essa morte de indígena no Mato Grosso do Sul. E para evitar animosidade, já vai adiantando que provavelmente a morte não tenha nada a ver com o conflito de terras indígenas na região. Enquanto Celso Figueiredo vai sendo velado, com prantos indignados, em Dourados cinco Kaiowá Guarani são presos, inclusive a professora Efigenia, grávida. As lideranças são da terra indígena Panambi - Lagoa Rica, aldeia Ytaí, município de Douradina". Leia esclarecedor Artigo de Egon Heck!
16 de junho de 2013
"Fala anti-indígena de ministro é licença para matar"
É o que diz o antropólogo Carlos Fausto, diretor do filme As Hiper Mulheres, que estreia neste sábado (ontem) , em São Paulo. Leia em Carta Capital!http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-milanez/a-sociedade-civil-esta-calada-so-os-indios-protestam-nacionalmente-6334.html/view
15 de junho de 2013
Massacre de indígenas é faroeste caboclo em MS
"Nunca havia assistido à reintegração de posse sem a observância do princípio da dignidade da pessoa humana, com armamentos letais e sem o cuidado de manter a todo o momento o diálogo, para que se evite a morte de ambos os lados. O resultado foi a morte de Oziel Gabriel e a internação de Joziel Gabriel, que foi alvejado com um tiro na nuca, com risco de tetraplegia." Leia artigo de Samia Roges Jordy Barbieri em Consultor Jurídico!
http://www.conjur.com.br/2013-jun-14/samia-barbieri-massacre-indigenas-faroeste-cabloco-mato-grosso-sul
Foto Arquivo Campo Grande News
http://www.conjur.com.br/2013-jun-14/samia-barbieri-massacre-indigenas-faroeste-cabloco-mato-grosso-sul
Foto Arquivo Campo Grande News
14 de junho de 2013
Mobilização Nacional de Produtores
Mobilização nacional possivelmente reuniu assassinos impunes de indígenas. E o site 'notícias agrícolas' fez este banner com os rostos...Audácia! http://migre.me/f1raU
Polícia encontra arma que teria sido usada em assassinato de indío; suspeito é preso
Por Vinícius Squinelo
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‘Parada Rural’ reúne fazendeiros de todo o país em Nova Alvorada do Sul
Mais perdidos do que boi solto na caatinga...Leia matéria em Midiamax News!
http://www.midiamax.com.br/noticias/855947-parada+rural+reune+fazendeiros+todo+pais+nova+alvorada+sul.html
Foto _ MN
http://www.midiamax.com.br/noticias/855947-parada+rural+reune+fazendeiros+todo+pais+nova+alvorada+sul.html
Foto _ MN
Produtores rurais bloqueiam estradas contra demarcações de terras indígenas
FOTO Arquivo - Google |
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1295004-produtores-rurais-bloqueiam-estradas-contra-demarcacoes-de-terras-indigenas.shtml
Mais um suicídio praticado por jovem Guarani
As notícias ainda chegam aos poucos sobre Celso Rodrigues, assassinado por pistoleiros ontem no arredores da aldeia Paraguassú, no município de Paranhos, Mato Grosso do Sul, e outra notícia, talvez ainda mais cruel, vem se somar à sua morte, agora no Paraná.
Emerson Galeano, adolescente Guarani de 16 anos, se enforcou nesta madrugada na Tekoha Jevy, município de Guaíra. Seu pai, Teodoro, disse a pessoas próximas que estava muito preocupado com o filho, que ultimamente estava ”apático e muito quieto”. O adolescente havia reclamado de estar sendo vítima de preconceito na escola em que estudava, em Guaíra.
Emerson Galeano nasceu em 14 de agosto de 1996. Viveu até este dia 13 de junho de 2013, quando foi encontrado morto por familiares, ao amanhecer.
Coincidentemente, talvez, ontem o prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, assinou e publicou no portal do município o Decreto 242/2013, instituindo ponto facultativo para que todos os servidores públicos municipais das diversas secretarias pudessem estar liberados amanhã, a partir das 12 horas, para participar da grande festa ruralista anunciada para esta sexta-feira (14).
Na tarde de hoje, entretanto, o Ministério Público Federal proibiu o ponto facultativo, determinando que Fabian Vendruscolo assinasse novo Decreto, anulando o de ontem e impedindo, assim, a participação dos funcionários nas comemorações durante o horário de expediente.
Seja lá como for, desde que a senadora ruralista ocupou a Tribuna do Senado, anteontem, anunciando a grande festa planejada para amanhã, já são mais dois assassinatos que podem ser contabilizados nos seus “estandartes”!
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Com informações enviadas por Manuel Caleiro para Combate Racismo Ambiental.
Enquanto jovens indígenas estudam seus direitos, governo pensa usar terra do tráfico na solução de conflito entre índios e fazendeiros
13 de junho de 2013
Gilberto Carvalho é convocado pelos ruralistas para dar explicações sobre a demarcação de terras indígenas no país
Leia sobre CONVOCAÇÃO no IHU!http://www.ihu.unisinos.br/noticias/520978-gilberto-carvalho-e-convocado-pelos-ruralistas-para-dar-explicacoes-sobre-a-demarcacao-de-terras-indigenas-no-pais
Foto Arquivo _ Rural Centro |
12 de junho de 2013
Salve a Nação Kayapó!
Leia Manifesto divulgado Hoje!
Por Intituto Raoni ( institutoraoni.com.br)
Por Intituto Raoni ( institutoraoni.com.br)
Nós, 400 caciques e lideranças Mebengôkre/Kayapó, de todas as aldeias das Terras Indígenas Kayapó, Menkragnoti, Badjonkôre, Baú, Capoto/Jarinã, Xicrin do Catete, Panará e Las Casas, localizadas nos estados do Pará e Mato Grosso, com apoio dos caciques do povo Tapayuna e Juruna, também do estado Mato Grosso, juntos estivemos reunidos na Aldeia Kokraimoro-PA, margem direita do rio Xingu, entre os dias 03 a 05 de junho de 2013.
Comunicamos ao governo brasileiro e a sociedade que repudiamos os planos do Governo Federal e do Congresso para diminuir os nossos direitos tradicionais e direitos sobre nossas terras e seus recursos naturais.
A PEC 215 que transfere do poder executivo ao Congresso Nacional a aprovação de demarcação e ratificação das Terras Indígenas já homologadas é uma afronta aos nossos direitos. Dizem que as referidas demarcações seriam participativas e democráticas, mas sabemos que esta proposta é uma estratégia clara da bancada ruralista para não demarcar as Terras Indígenas e diminuir os tamanhos das nossas terras já demarcadas e homologadas.
A PORTARIA 303 expedida pela Advocacia Geral da União viola os nossos direitos sobre os territórios tradicionais que ocupamos e seus recursos naturais. Também infringe os nossos direitos de consulta livre, prévia, informada e participativa, quando o governo quer implantar empreendimentos que impactam direta e indiretamente nosso povo, nossa cultura e nosso território. Lembramos que este direito é garantido também pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, ratificada pelo governo brasileiro.
O Projeto de Lei 1610/96 que está em tramitação no Congresso Nacional tem como proposta a autorização para entrada de empresas mineradoras em nossas terras sem respeitar nossas opiniões e decisões. Não vamos aceitar mineração em nossas Terras.
O Governo e o Congresso precisam respeitar os artigos 231 e 232 da Constituição, que garantem nossos direitos. Exigimos a anulação de todas as portarias, decretos, PL’s e PEC’s que ameaçam e prejudicam os povos indígenas. Nós queremos que a Constituição Federal, que ajudamos a construir, permaneça como está escrita desde 1988. Está escrito que o usufruto exclusivo das riquezas naturais do solo, do rio, da floresta dentro das Terras Indígenas é dos indígenas e não dos brancos.
Não aceitamos arrendamento de nossas terras pro branco encher de gado e de soja, como quer a PEC 237/13 que autoriza arrendamento de pasto em Terra Indígena para fazendeiro e empresas de agronegócio.
Não aceitamos que as forças armadas invadam nosso território sem a nossa autorização, como prevê o Decreto nº 7.957/2013. O que aconteceu com nosso parente Munduruku, assassinado pelo Estado brasileiro, é uma vergonha inaceitável que não pode se repetir nunca mais.
Nós queremos uma FUNAI fortalecida, que trabalhe do lado dos Povos Indígenas e não para os interesses do Governo, grupos políticos, das grandes empresas e dos ruralistas.
Nós Mebengôkre, caciques, lideranças, guerreiros e todas as nossas comunidades, desde o início, não aceitamos a construção de Belo Monte, nem de nenhum outro barramento no Xingu, pois enfraquece nosso povo. Podem ter certeza que não vamos parar de lutar. O Brasil tem uma dívida histórica conosco, povos indígenas, que nunca será paga. Não estamos cobrando isso, apenas queremos que nossos direitos escritos Constituição Federal de 1988 sejam respeitados. Nós somos os primeiros donos dessa terra que se chama Brasil, portanto continuaremos defendendo nossa terra, nossos povos e nossos direitos.
Nós Mebengôkre, caciques, lideranças, guerreiros e todas as nossas comunidades, desde o início, não aceitamos a construção de Belo Monte, nem de nenhum outro barramento no Xingu, pois enfraquece nosso povo. Podem ter certeza que não vamos parar de lutar. O Brasil tem uma dívida histórica conosco, povos indígenas, que nunca será paga. Não estamos cobrando isso, apenas queremos que nossos direitos escritos Constituição Federal de 1988 sejam respeitados. Nós somos os primeiros donos dessa terra que se chama Brasil, portanto continuaremos defendendo nossa terra, nossos povos e nossos direitos.
O Governo precisa se preocupar com a pobreza no Brasil, fazer leis para melhorar a saúde, acabar com a violência, a corrupção, com o trafico de drogas e tudo de ruim que esta prejudicando a sociedade brasileira, e deixem os indígenas viverem em paz em suas terras!
Não reconhecemos como nossos representantes a Presidenta da República Dilma Rouseff e os deputados e senadores que estão no congresso, e nem os que ocupam as comissões e subcomissões estratégicas, decidindo sobre os nossos direitos, como a subcomissão de demarcações de Terras Indígenas. A demarcação de Terras Indígenas tem de continuar como atribuição do poder Executivo.
Não estamos somente preocupamos com nós e nossas terras, mas também com os nossos parentes que ainda estão isolados. Não aceitaremos que estes sejam contatados. Se não temos representantes no Congresso, vamos mobilizar nossos parentes Kayapó e outros parentes de luta para mostrar para a sociedade nossa mensagem: não vamos aceitar a diminuição dos nossos direitos e nossas terras e vamos lutar da nossa maneira, parando estradas, ocupando canteiros de obras, acionado o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, articulando com o movimento indígena e a sociedade civil.
Imagem compartilhada do Support Chief Raoni |
Aldeia Kokraimoro, 05 de junho de 2013
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