30 de agosto de 2014

JULIA CAVALHEIRO: MÃE DA FAIXA DE GAZA INDÍGENA

Julia Cavalheiro em reunião com indígenas, quilombolas e  MST _ Foto Assessoria
Na condenacão dos assassinos do cacique Marcos Veron/SP _ Foto
http://mac-asf.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html 

Por Tereza Amaral e Flávio Bittencourt
"Meu filho cacique Ládio Veron quase foi morto junto com seu pai Marcos Veron. E hoje venho falar com uma ferida na alma porque ninguém sabe o que aconteceu de crueldade com nós mulheres Kaiowá no dia 16 de outubro de 2001, no primeiro despejo, e no dia 13 de janeiro de 2003. Jamais vamos desistir e se tiver que morrer aqui na Takara vamos morrer. Aqui é o nosso tekoha!". Julia Cavalheiro


Um dos mais significantes movimentos sociais da Argentina, as “Madres de la Plaza de Mayo”  (Mães da Praça de Maio) tem no Cone Sul do Mato Grosso algo análogo: Mulheres que lutam pela terra onde seus filhos foram assassinados, pelos esposos e parentes igualmente executados pelo agronegócio e, acima de tudo, pelos futuro das novas gerações. Julia Cavalheiro, Damiana  Cavalho e todas as mães Guarani-Kaiowá estão inseridas neste contexto onde a "praça" são na verdade terras encharcadas de sangue indígena. 

Viúva do cacique Marcos Veron e uma das mães da Resistência dos povos Guarani e Kaiowá, Júlia Cavalheiro convive no dia a dia com o cerco de pistoleiros. Dois dos seus filhos são ameaçados de morte: a lideranca da Aty Guasu Valdelice Veron e o homem mais procurado pelo mesmo latifúndio que matou o seu pai - continua impune -  e também quase o matou queimado. Trata-se do cacique Ládio Veron.
Cacique Damiana _ Survival

RESISTÊNCIA

A cacique Damiana, líder do tekoha (terra sagrada)  Apykaì é uma das mães da Faixa de Gaza Indígena. Elas são inúmeras e únicas na dor e na brava Resistência que começa a avançar também no tekoha da política.

O cacique Ládio Veron, chefe indígena da aldeia Takwara, atendeu ao convite do saudoso Plínio Arruda, fundador do PSOL, e é o mais forte candidato a deputado federal pelo partido no Mato Grosso do Sul. E "Mama" o acompanha com ritos em visitas pelas aldeias com quilombolas, sem terra e todos os oprimidos.

"Meu filho cacique Ládio Veron quase foi morto junto com seu pai Marcos Veron. E hoje venho falar com uma ferida na alma porque ninguém sabe o que aconteceu de rueldade com nós mulheres Kaiowá no dia 16 de outubro de 2001, no primeiro despejo, e no dia 13 de janeiro de 2003. Jamais vamos desistir e se tiver que morrer aqui na Takara vamos morrer. Aqui é o nosso tekoha!", declarou na última Aty Guasu em abril deste ano.

Reunião com indígenas, quilombolas e trabalhadores sem terra
Em entrevista a este Blog o chefe indígena falou sobre sua candidatura. LER AQUI!


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