CHEFE INDÍGENA É CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL NO MS

Cacique Ládio Veron disputa vaga no Congresso Nacional pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade)

Divulgação _ Comitê 

Por Tereza Amaral

Em 125 anos de República o Brasil poderá ter o segundo deputado federal indígena.Trata-se do cacique Ládio Veron, 47 anos, que entra na disputa pelo PSOL  com o apoio da Aty Guasu (Grande Assembleia dos Povos Guarani-Kaiowá) e nomes de grandes lideranças nacionais, tais como o cacique  Babau Tupinambá e Sonia Bone Guajajara, dentre outras.

Por mais de um século apenas o líder Mário Juruna (Xavante) foi eleito pelo PDT de Leonel Brizola, na década de 80, tendo sido responsável na Câmara Federal pela criação da Comissão Permanente do Índiol.

Formado em História, o cacique Ládio Veron é um dos líderes da Resistência Guarani-Kaiowá que luta pela demarcação e homologação dos territórios reconhecidamente indígenas no Mato Grosso do Sul.

Acostumado a enfrentar desafios, ele entra no tekoha político com o intuito de defender o direito indígena em momento oportuno, onde há tentativas de genocídio legislativo. Exemplo disso é a PEC 215 que quer transferir a atribuição da demarcação  de territórios indígenas e áreas quilombolas do Poder Executivo para o Congresso Nacional.

O chefe indígena Ládio Veron, cacique da Aldeia Taquara localizada no município de Juti/ Cone Sul, deve conquistar também votos de quilombolas, do MST, movimentos sociais, ativistas, ambientalistas e simpatizantes da causa indígena. "Escolhi o PSOL  exatamente por ser um partido que tem em seus objetivos a defesa dos oprimidos", afirmou.