11 de maio de 2013

No 'Arco' do Meio Ambiente e pela sobrevivência indígena

Por Tereza Amaral*


Em meio milênio da descoberta do Brasil nunca havíamos assistido, em tempo real, uma luta descomunal e pacífica em defesa da natureza. 
As oito etnias indígenas que ocuparam Belo Monte – e continuam em Altamira – reiteraram quem são os maiores ambientalistas do mundo: Eles, os nossos parentes indígenas.
O arco do meio ambiente foi estampado em redes sociais e na imprensa internacional. Aqui, apesar da censura a jornalistas, muito timidamente porque os veículos midiáticos – não a categoria – estão nas rodas do trator do agronegócio que hoje manda e desmanda no país.
São o 'neo-colonizadores'.  Mas por enquanto!
Enquanto isso, a presidente Dilma nem imagina o desgaste da sua imagem flechada pela inexistência de um política humana indigenista. E por isso mesmo vem levando bordoadas por renomados juristas, procuradores federais, ministros do STF, sérios parlamentares e até de órgão do próprio governo: a Funai.
E a a lista continua com missionários (Cimi), entidades defensoras dos povos originários, antropólogos, ativistas indígenas, ambientalistas e a população que assiste indignada o que vem ocorrendo no país.
Massacre de Guarani-Kaiowá e outros povos aldeados no MS, retrocesso na política de demarcação, intransigência ditatorial, intervenção na Funai, criação de uma guarda (?) por meio de decreto, vaias de produtores rurais, audiência com os mesmos...Dilma dorme?
Pois se dorme que acorde e com ‘humor democrático’, caso contrário das redes sociais muitos de nós iremos para as ruas como já estão fazendo os povos originários desde o Abril Indígena. E com urucum na cara!

* Jornalista e Ativista Indígena

Foto _ Arquivo pessoal/palestra em escola

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